Histórico dia 26 de junho de 2016: há um ano atrás, Chile tornava-se campeão da Copa América Centenário ao derrotar a Argentina por 4–2 nos pênaltis

O goleiro capitão Claudio Bravo levanta a taça da Copa América Centenário (CONMEBOL)

26 de junho de 2016 - dia em que o Chile de Juan Antonio Pizzi conquistava o título da Copa América Centenário ao vencer a Argentina por 4-2 nos pênaltis, após empate sem gols durante 120 minutos de jogo. No decorrer da competição, foram 6 jogos, sendo 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Veja abaixo como foi a trajetória do atual bicampeão da América ao título do centésimo ano da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL).

Não foi fácil o caminho até a final, pois a "La Roja" começou sua preparação em amistosos com derrotas diante de Jamaica por 2–1 em Santiago e pro México por 1–0 em San Diego. As incertezas da equipe treinada por Juan Antonio Pizzi era enorme, pois tinha a missão de conseguir o mesmo sucesso que foi no comando de Jorge Sampaoli.

Chile, que era do Grupo D, estreou na Copa América Centenário diante da Argentina - muitos consideravam aquele jogo como uma reedição do título da Copa América de 2015. Naquela ocasião foi derrotado por 2–1, o único resultado negativo daquele campeonato. O único gol foi marcado por Fuenzalida nos acréscimos do segundo tempo. No segundo jogo, diante da Bolívia, o treinador realizou diversas modificações em sua equipe, tendo, inclusive, deixado Eduardo Vargas no banco de reservas. O salvador da pátria foi Arturo Vidal, que marcou dois gols, sendo o último, de pênalti polêmico, no final da partida com vitória por 2–1. Na última rodada, as coisas mudaram, pois enfrentou o Panamá e o ataque formado por Sánchez e Vargas finalmente funcionou. Os panamenhos até abriram o placar após uma falha do goleiro Bravo, mas a dupla foi responsável pela vitória por 4–2, com dois gols de cada. O atual bicampeão da América terminou na segunda colocação com 6 pontos conquistados e classificado para a próxima fase.

A campanha na fase de grupos foi regular, ao menos no ponto de vista comparável a outras seleções como Argentina e México, que tinham números melhores naquele campeonato. E logo os mexicanos, líder do Grupo C, foi adversário do Chile nas quartas de final. Muitos inclusive diziam que a seleção da CONCACAF eliminaria o atual campeão da América de 2015 e faziam prognósticos de uma final entre eles contra a Argentina. Pois bem, a equipe de Juan Antonio Pizzi surpreendeu o continente e aplicou a maior goleada sofrida da história do México: 7–0 no Levi's Stadium, em Santa Clara, com direito há mais de 60 mil torcedores mexicanos. O atacante Eduardo Vargas, que ficou de fora contra a Bolívia, balançou as redes quatro vezes - sendo mais dois marcados por Puch e o outro por Sánchez. A "La Roja" se classificava para a semifinal com aquele futebol encantador contra a Colômbia e, mesmo sem Arturo Vidal entre os titulares, ausente por excesso de cartões amarelos, o Chile fez sua parte em menos de 15 minutos, vencendo por 2–0, com gols de Aránguiz e Fuenzalida.

A Seleção Chilena chegava na grande final daquele 26 de junho de 2016 com quatro vitórias seguidas (contra Bolívia, Panamá, México e Colômbia), enquanto Argentina estava 100% de invencibilidade, com cinco vitórias (diante do Chile, Panamá, Bolívia, Venezuela e Estados Unidos). sendo as últimas quatro partidas por goleada. A seleção de Lionel Messi estava tão empolgada com esta Copa América Centenário que muitos acreditavam que este título estaria nas mãos da Albiceleste. Entretanto, o Chile provou que no futebol os resultados só acontecem dentro de campo. Com a exceção da falha absurda de Gary Medel ao perder a bola para Gonzalo Higuaín que, incrivelmente, foi para fora, nada mais atrapalhou o título da "La Roja", nem a expulsão duvidosa de Marcelo Díaz, nem a cabeçada de Agüero, que foi espalmado pelo Claudio Bravo. Na disputa por pênaltis, o goleiro brilhou mais uma vez, defendendo a cobrança de Lucas Biglia. Na última cobrança, Francisco Silva converteu o pênalti que acrescenta mais um título da Copa América para o Chile.

Um ano depois do bicampeonato da América em sua história, a Seleção Chilena está outra vez rumo ao título de um campeonato oficial: a Copa das Confederações FIFA de 2017 - cuja competição se encontra na fase semifinal, na qual enfrentará o campeão da Eurocopa, Portugal, nesta quarta-feira (28), a partir das 15h (de Brasília) na Arena Kazan, em Cazã.