domingo, 26 de junho de 2016

Charles Aránguiz: "El Príncipe" de Nova Iorque

Aránguiz nas ruas de Nova Iorque com Vargas, Puch e González (Time Square)

O chileno Charles Aránguiz não gosta de falar com a imprensa. Ele costuma evitar os microfones. É distante e sua voz não é fácil de reconhecer. É tímido um pouco frente as câmaras. Dentro de campo, no entanto, o jogador do Bayer Leverkusen se transforma. Duela com os rivais, motiva seus companheiros e põe a calma quando é necessário. Para muitos especialistas esportivos, o jogador de Puente Alto é um dos motores da equipe.

Hoje, o Príncipe está em Nova Iorque com a intenção de conquistar a cidade. Na quinta-feira passada, junto com Eduardo Vargas, Edson Puch e Mark González saiu para conhecer um pouco mais do local aonde ele se encontra. Tirou fotos com torcedores chilenos no Times Square e prometeu que lutaria pela Copa América.

A evolução de sua lesão não deixou ninguém diferente. Em 21 de agosto de 2015 se cortou o tendão de aquiles esquerdo e, para os especialistas, retomar o nível que o levou para a Europa tomaria muito tempo. Sua volta a Seleção Chilena ainda era uma incógnita.

No entanto, 12 meses depois, voltou a se transformar numa peça chave do meio-campo chileno. Seu nome está no tridente (de três) mágico, junto com Marcelo Díaz e Arturo Vidal, que tranquilo o técnico Juan Antonio Pizzi. De acordo com as palavras do volante de Aránguiz, ele esteve confiante com a sua rápida recuperação:
Depois de está oito meses fora dos gramados, tratei de me recuperar o mais rápido possível. São coisas que te presenteia no futebol.
Na vitória contra a Colômbia, no qual a Seleção Chilena não contou com Vidal e Díaz, o Príncipe marcou seu território. Teve que assumir a responsabilidade contra o desfalque de seus melhores aliados. E Aránguiz não falhou. Foi encarregado de anular James Rodríguez, o que levou a ser escolhido como o melhor jogador na vitória por 2-1 sobre os colombianos, partida no qual ele abriu o placar com um gol no começo (min 7'). Sua habilidade e controle de jogo com a bola nos pés provocou um desespero em Carlos Sánchez, que recebeu o segundo cartão amarelo por dá um pontapé no puentealtino (quem nasce em Puente Alto). Os elogios, no entanto, não lhe incomodou:
Foi um jogo complicado, mas tínhamos companheiros preparados para substituir as ausências. Eu não jogo só.
Na fase de grupos da Copa América Centenário, Aránguiz foi alvo de críticas, porém o mesmo sempre manteve a calma. Logo após a vitória de goleada por 7-0 sobre o México, ele disse:
O grupo esteve tranquilo, sabíamos em algum momento que íamos fazer um bom jogo, fomos de menos para mais. Conseguimos ser uma equipe de sempre, fomos melhor que o México.
Contra a Argentina, o jogador revelado pelo Cobreloa cumprirá uma função fundamental para Pizzi. Sua velocidade e desarme serão necessários para as chegadas de Lionel Messi. Deverá impedir no início as principais jogadas do argentino e, por sua vez, está atento em um dos pontos chave da equipe de Pizzi.
Será difícil contra a Argentina, como todas as finais. Chegam as duas melhores equipes e estou feliz, porque na vida pessoal eu estava vivendo um momento difícil e hoje eu tenho a oportunidade de jogar outra final.

"El Príncipe" está em Nova Iorque. No jogo deste domingo (26) a partir das 21h (de Brasília) contra a Argentina, voltará a se transformar na peça chave para Pizzi. A Seleção Chilena necessita dele.

-- FINAL DA COPA AMÉRICA CENTENÁRIO --

  • 26 de junho (21h00): Argentina x Chile - MetLife Stadium, East Rutherford
Fonte: La Tercera Deportes (25 de junho de 2016)

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